domingo, 21 de abril de 2013

A primeira vocação


A primeira vocação do ser humano é amar. Mas, amar o que? A quem? Talvez este seja o grande motivo das frustrações que as pessoas têm hoje; perderam o sentido do amor. Tudo virou amor, porque se ama a tudo; menos o próprio amor. Como é bom sempre repetir aquela bela frase de São Francisco de Assis: “O Amor não é amado”. Já é rotina o convite para amar o Amor, que é Deus, mas, por que não amam logo este amor?

Enquanto não amarmos a Deus, enquanto não tivermos uma experiência viva e real com Cristo que é o Ressuscitado que passou pela cruz, nossa infelicidade existirá. Você já parou para pensar que, aquele estado de frustração, de infelicidade, de tristeza, que você sente ao colocar a cabeça no travesseiro, talvez seja motivado pela ausência de Deus na sua vida? Talvez Deus possa até estar nos seus lábios, mas Ele tem que estar no seu coração. Falar de Deus, algumas vezes não significa ter Deus no coração, mas sim que deseja a Deus. É o caso daquelas pessoas que vivem já acostumadas no pecado, mas sempre dizem que Jesus disse para não julgar. Mas, fala da misericórdia de Deus, mas o vazio existe. E se o vazio existe, é porque não teve uma experiência com Cristo.

O que digo não é nenhuma besteira, baboseira, coisa melosa. É o que está escrito no Catecismo da Igreja Católica: “O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por  Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar”(CIC 27). Sabendo disso, meus irmãos em Cristo, podemos ver que o buraco, o oco, o vazio dentro de você, é do tamanho de Deus, pois somente Deus pode preencher.

Quando você tem uma vida de farras, orgias, drogas, bebedeira, prazeres carnais, desobediência, etc. Nisso tudo você busca a Deus, mesmo que inconscientemente. Porém, o sentimento frustrante quando acaba o efeito vem justamente porque Deus não está nessas coisas. Deus é santidade, Deus é amor, Deus é misericórdia...

Deixe de ser uma anta e vá procurar Deus onde Deus está. Jesus Cristo está vivo, presente, real e ressuscitado no Sacrário. Sim, Ele está presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Jesus está na pessoa do padre que age em persona christi, perdoando os nossos pecados através do Sacramento da Penitência (Confissão), e na Santa Missa celebrando e se fazendo pão e vinho, nos dando Seu Corpo como alimento e Seu preciosíssimo Sangue como bebida. Deus habita na Santa Igreja Católica, porque esta Igreja é Seu corpo místico. Cristo é a cabeça da Igreja! (cf. Efésios 5,23)

Em vez de procurar a felicidade aonde ela não habita, procure em Deus, pois Ele próprio é a felicidade. Como diz Santa Teresa de Ávila “SÓ DEUS BASTA”! O uso da droga (incluindo o álcool logicamente), por exemplo, muitas vezes é para a fuga de uma realidade ruim. Se você tiver Jesus Cristo como teu Senhor, não só de palavra mas de vida mesmo, O adorando no Santíssimo Sacramento, a única substância, prazer, que você necessitará é de ingerir o Corpo e o Sangue de Cristo. Ser um com Ele como Ele é um com o Pai e o Espírito Santo (cf. João 6,22ss)

Quer ser feliz? Deixa de lerdeza e DEIXA DEUS TE FAZER FELIZ!


Siga-nos no Twitter: http://twitter.com/PStoAntonio
Curta nossa página no Facebook: http://www.facebook.com/PStoAntonioSCS

Regra para distinguir a Verdade Católica do Erro


Após interrogar com freqüência, cuidado e atenção numerosíssimas pessoas, destacadas em santidade e doutrina, sobre como distinguir por meio de uma regra segura, geral e normativa, a verdade da fé católica da falsidade perversa da heresia, quase todas me responderam o mesmo: “Todo cristão que queira desmascarar as intrigas dos hereges que brotam ao nosso redor, evitar suas armadilhas e manter-se íntegro e incólume na fé imaculada, deve, com a ajuda de Deus, adornar sua fé de duas maneiras: em primeiro lugar, com a autoridade da lei divina, e com a Tradição da Igreja Católica”. Contudo, alguém poderia objetar: visto que o Canon das Escrituras é por si só perfeito para tudo, que necessidade há de se acrescentar a autoridade da interpretação da Igreja?

Precisamente por que a Escritura, por sua própria sublimidade, não é entendida por todos de modo idêntico e universal. De fato, as mesmas palavras são interpretadas diferentemente por uns e por outros. Poderíamos dizer que existem tantas interpretações quanto leitores. Vemos, por exemplo, que Novaciano explica a Escritura de um modo, Sabélio de outro, Donato, Ário, Eunômio, Macedonio, de outro; de maneira diversa a interpretam Fotino, Apolinário, Prisciliano, Joviniano, Pelágio, Celéstio e, em nossos dias, Nestório. É, pois, sumamente necessário, por causa das tão numerosas e intrincadas faces do erro, que a linha de interpretação dos Profetas e dos Apóstolos se faça segundo a norma do sentido Católico e da Igreja.

Na Igreja Católica é preciso pôr o maior cuidado para manter o que se crê em todas as partes, sempre e por todos. Eis o que é verdadeira e propriamente católico, segundo a idéia de universalidade que se encerra na própria etimologia da palavra. Mas isso só será conquistado se seguirmos a universalidade, a antiguidade, o consenso geral. Seguiremos a universalidade se professarmos a única e verdadeira fé a que a Igreja inteira professa em todo mundo; a antiguidade, se não nos separarmos de nenhuma forma dos sentidos que foram proclamados por nossos santos predecessores e padres; o consenso geral, por último, se, nesta mesma antiguidade, abraçarmos as definições e as doutrinas de todos os bispos e mestres.

São Vicente Lerins, Comonitorium


Siga-nos no Twitter: http://twitter.com/PStoAntonio
Curta nossa página no Facebook: http://www.facebook.com/PStoAntonioSCS

Filhos de Deus mediante a Fé


“Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.” (Gálatas 3:26-29)

Os seres humanos não têm privilégio maior que se tornarem filhos de Deus. Este ponto não é disputado por aqueles que professam afeição por Jesus como o Cristo. Aqueles que acreditam na Bíblia como a palavra inspirada por Deus concordam em relação à necessidade de serem “filhos de Deus mediante a fé”. Sabemos que os filhos de Deus são “co-herdeiros com Cristo” (Romanos 8:12-17). Os filhos de Deus têm o direito de clamar “Aba, Pai”(Romanos 8:15; Gálatas 4:6). Estes filhos devem receber a “glória a ser revelada” (Romanos 8:18-19). Graças a Deus que podemos ser seus filhos!

Muitos de nós concordamos com a necessidade de sermos filhos de Deus, mas nem sempre concordamos em relação a quem são os filhos de Deus. Um estudo detalhado do nosso texto deve esclarecer um pouco este assunto. Se repararmos expressões equivalentes a “vós sois filhos de Deus mediante a fé” podemos entender melhor o que envolve ser filhos de Deus.

“Se sois de Cristo”

Para os filhos de Deus, Paulo disse, “se sois de Cristo” (v. 29). Se torna filho de Deus por causa de uma compra, assim é de Cristo. Ele foi comprado com o sangue redentor de Jesus (1 Timóteo 2:6; Mateus 26:28; Atos 20:28). Aqueles que foram comprados (redimidos) “pelo precioso sangue…de Cristo” (1 Pedro 1:18-19) são os mesmos que purificaram as suas almas, “pela obediência à verdade” (1 Pedro 1:22) e que foram “regenerados… mediante a palavra de Deus” (1 Pedro 1:23). Aquele que pertence a Cristo é obrigado a se submeter continuamente à sua autoridade (1 Coríntios 6:19-20; Gálatas 2:20).

“Também sois descendentes de Abraão”

Paulo também escreveu aos filhos de Deus, “também sois descendentes de Abraão” (v. 29). Quem é filho de Deus hoje goza este privilégio por causa da promessa que Deus fez a Abraão há muito tempo (Gênesis 12:3). Os fiéis são herdeiros desta promessa. São filhos (herdeiros) por causa das suas ligações espirituais com Abraão e não por causa de ligações carnais. Aqueles ainda envolvidos na tradição judaica (que se orgulhava das suas ligações carnais com Abraão) acharam difícil aceitar isso – muitas vezes, depois de terem aceitado a Cristo. É o objetivo de Paulo em Gálatas 3 mostrar a tais pessoas que é possível alguém ser um filho de Deus, um herdeiro, e um descendente de Abraão sem fazer parte da sua descendência carnal e separado da sua lei nacional, a lei de Moisés. Ele mostra que a promessa de Deus a Abraão incluía mais do que seus herdeiros carnais – incluía “todos os povos”, os gentios (Gálatas 3:8-9). Cristo era a semente através da qual as nações do mundo seriam abençoadas (Gálatas 3:16). Assim, aqueles em Cristo são descendentes de Abraão. Esta bênção veio através de uma promessa dada muito antes da lei de Moisés (Gálatas 3:17-18), assim mostrando que se é filho de Deus pela fé em Cristo, de acordo com a promessa, e não de acordo com a lei. Então, qualquer pessoa, seja judeu ou grego, pode pela fé ser recipiente da bênção prometida à descendência de Abraão sem ser descendente pela carne ou estar sujeito à lei dada aos seus descendentes carnais. Esta lei desde então serviu o seu propósito (Gálatas 3:23-27).

“Todos vós sois um em Cristo Jesus”

A lém disso, Paulo disse, “todos vós sois um em Cristo Jesus” (v. 28). Um filho de Deus é unido com todos os outros que são filhos de Deus mediante a fé. Em Cristo há UM corpo ou uma igreja (Efésios 1:22-23; 4:4). Aqueles que estavam longes são reconciliados em UM corpo (Efésios 2:13,16). A Bíblia não conta nada de filhos de Deus estando em Cristo e estando em corpos ou igrejas diferentes. A união está “em Cristo” e não numa união fabricada pregada em conferências humanas. É o resultado natural de todas as pessoas serem reconciliadas com Deus.

“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo”

Paulo continuou escrevendo a estas pessoas, “porque todos quantos fostes batizados em Cristo…”. A palavra “porque”, que inicia o versículo 27 mostra que o autor está dando uma razão por serem filhos de Deus mediante a fé. O motivo exato por serem filhos de Deus é que foram batizados em Cristo. Assim, ninguém pode ser um filho de Deus sem que tenha sido batizado em Cristo. Aquele que ensina a doutrina de “somente fé” encontraria pouco conforto no versículo 26 se se preocupasse com o versículo 27. A passagem inteira mostra que o ensinamento da Bíblia de salvação pela fé envolve muito mais do que dar um assentimento mental à verdade que é Jesus o Cristo. Um filho de Deus é um cuja fé o levou a obedecer ao Senhor através do batismo (cf. Marcos 16:16; Atos 2:38,41,47; 1 Pedro 3:21; Atos 22:16).

Amigo, ser um filho “de Deus mediante a fé” é ser “de Cristo”; é ser “descendente de Abraão”; é ser “um em Cristo”; é ser “batizado em Cristo”. São expressões equivalentes para as mesmas pessoas dadas no mesmo contexto. Você não deseja se tornar um filho de Deus hoje?

Por Edward O. Bragwell


Siga-nos no Twitter: http://twitter.com/PStoAntonio
Curta nossa página no Facebook: http://www.facebook.com/PStoAntonioSCS


segunda-feira, 8 de abril de 2013

A Moral no Antigo Testamento


Os homens da antiguidade, mesmo os mais chegados a Deus, tinham mentalidade primitiva e, praticavam o que hoje para nós seriam “escândalos morais” – mentira, fraude, crueldade para com os adversários, concubinato, poligamia. Dom Estevão Bettencourt em seu livro “Para entender o Antigo Testamento” (editora Lúmen Christi), nos ajuda a entender esta realidade.

Os textos bíblicos que narram coisas desse tipo deixam chocado o leitor que não se dá conta da moral primitiva desses homens. Pode parecer que nem a consciência repreendia os israelitas que assim procediam, e que nem o próprio Deus os censurava.

Antes de tudo é preciso saber que nem tudo que o Antigo Testamento narra é proposto como “norma de conduta” para nós. Nem todas as ações de um herói (como Sansão, por exemplo) de um livro inspirado por Deus, são inspiradas. A Bíblia não tem erro de doutrina, verdades de fé reveladas por Deus, mas pode ter falhas de outra natureza. A Igreja, assistida pelo Espírito Santo, sabe fazer este discernimento, e é para isto que Jesus deixou o Magistério sagrado do Papa e dos Bispos. A Igreja sabe encontrar as verdades dogmáticas transmitidas mesmo através de histórias às vezes “não edificantes”.

Os “escândalos” narrados no Antigo Testamento fazem parte da miséria dos filhos de Adão. Então, ao se defrontar com os episódios de “barbárie” das Escrituras antigas, não devemos nos prender no aspecto repugnante que eles podem ter; devemos saber passar além da aparência superficial, e olhar “para dentro desses acontecimentos” com o olhar de Deus. Assim, também eles nos falarão de algo muito sublime.

Às vezes no Antigo Testamento os homens considerados justos (Abraão, Moisés, Davi,…) cometem atos ao nosso critério pecaminosos. Para entender esta dificuldade é preciso que consideremos o problema dentro de um quadro à luz de Deus, e não simplesmente do nosso ponto de vista de homens do século XXI.
As obras de Deus são lentas, basta ver como a natureza se desenvolve: a grande árvore começa de uma semente… Também na ordem moral isto ocorre, especialmente no que diz respeito à consciência humana da humanidade. Basta ver como a consciência da criança se desenvolve até a fase adulta. Só aos poucos é que a criança ou o adolescente vai percebendo as consequências concretas daquilo que nos diz a consciência: “faça o bem, evite o mal”.

Com o gênero humano inteiro aconteceu algo semelhante ao que se dá com toda criança: nos primórdios da história, os homens tinham uma consciência moral pouco desenvolvida, a qual  foi se tornando mais apurada e sensível através dos séculos. Deus agiu assim com o homem, de maneira pedagógica.
Isto aconteceu com o povo de Deus, portador da verdadeira fé. Este povo também possuía uma consciência moral ainda embrionária. Sabiam que era preciso “fazer o bem e evitar o mal”, e obedecer a Vontade de Deus; mas na prática este princípio escapava à sua percepção. Jesus fez o mesmo com os Apóstolos. Na última Ceia Ele lhes diz: “Ainda tenho muitas coisas para dizer-lhes, mas vocês não as podeis entender agora. Quando vier o Paráclito…” (Jo 16,12). Só depois de Pentecostes é que os Apóstolos entenderam muitas coisas.

Deus respeita o lento desabrochar da natureza. Esse desabrochar da consciência humana deveria acontecer pela reflexão dos homens de todos os tempos, e pela meditação da Revelação de Deus. Assim, por esses dois meios – reflexão e Revelação – a consciência do povo de Deus foi se aperfeiçoando, desde a  moralidade simples dos Patriarcas do Antigo Testamento até  à lei de Cristo – a caridade. O caminho foi lento e árduo por causa das conseqüências do pecado original que enfraqueceram a inteligência e a vontade do homem.

Deus, para preservar a verdadeira fé e a esperança messiânica no mundo idólatra, escolheu Abraão e sua posteridade para formar o povo e onde nasceria o Messias. Não se pode esquecer que essa gente, oriunda de ambiente pagão (Mesopotâmia), recebeu de seus antepassados na Caldéia, muitas tradições e costumes supersticiosos. Deus teve que polir e elevar esta gente até  à altura do culto do verdadeiro Deus; mas não quis cortar bruscamente todas essas tradições, pois seria antipedagógico, e não seria entendido.
Inicialmente Deus fez o essencial, eliminou, rigorosamente o que era estritamente Politeísta; mas quanto às outras coisas, preferiu ir devagar, contemporizando, aceitando o povo como era, seguindo práticas antigas, mas não politeístas. Assim, por meio dos profetas Deus foi fazendo com que o povo fosse se elevando espiritualmente, até um dia poder ouvir a mensagem do Evangelho: “Este é o meu preceito: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei” (Jo 15, 12)”.

A consciência embrionária do povo no Antigo Testamento, não é incompatível com santidade. Em qualquer época da história, a inocência consiste em que o homem nada faça “contra a sua consciência”, nada que lhe pareça contradizer à Vontade de Deus. Veja, os grandes homens e mulheres da história sagrada, como mostra o texto bíblico, se esforçavam por não violar normas que o seu senso moral (consciência) lhes exigia e, quando por fraqueza, as violaram, se arrependeram disto sinceramente. Há muitos exemplos disso na Bíblia. Esses homens davam a Deus tudo que sabiam que deviam dar-lhe; embora “tudo”, era pouco em comparação com o padrão moral que hoje nos é proposto; mas precisavam de grande esforço.

Na medida em que a consciência não os acusassem, podiam seguir seus costumes primitivos, para nós as vezes bárbasros; e assim não deixavam de obedecer o que Deus lhes pedisse. Era esta incondicional adesão ao Senhor que os tornava justos, santos. Por isso, esses homens são modelos de santidade, para a época, não pelo aspecto exterior de sua vida (que às vezes nos assusta!), mas pelo desejo interior de cumprir a vontade de Deus e lhe ser fiel. Veja a fé de Abraão, o fervor da oração de Davi, o zelo de Elias, são modelos que devemos imitar. A Igreja não os coloca nos altares porque nem sempre suas atitudes servem hoje de modelo de vida.

Para nós que temos o conhecimento do Evangelho, seria ilícito repetir o que era praticado pelos justos do Antigo Testamento, já que a nossa consciência, iluminada por Cristo, tem agora muito mais clara noção  do bem e do mal,  e se torna mais exigente. O que hoje é pecado contra a lei natural sempre foi mau olhos de Deus, já que o mal não depende de mera convenção humana, mas nem sempre isto foi percebido pelos homens antigos, por causa de sua consciência moral pouco desenvolvida. Enfim, Deus quis fazer do homem seu filho, chamando-o a participar de sua vida e da sua felicidade, e para isto o foi educando pedagogicamente.

Á luz dessas explicações podemos agora compreender porque a lei de Moisés (1240 a.C.) incorporava a lei de talião. O código babilônico, de onde veio Abraão, do rei Hamurabi (1800 a.C.), prescrevia: “Olho vazado por olho vazado” (Art. 196); “membro quebrado por membro quebrado” (Art. 197); “dente espedaçado por dente espedaçado” (Art. 200); “boi por boi, carneiro por carneiro” (Art. 263); “morte ao arquiteto de uma casa que desmorone sobre o proprietário” (Cf. art. 229); “morte ao filho do arquiteto, se a casa cai sobre o filho do proprietário” (Cf. art. 230).

Com o progresso da cultura, os antigos pagãos foram percebendo a imperfeição da retribuição pelo talião.  Consequentemente, admitiam que o criminoso pagasse indenização monetária, caso nisto consentisse a vítima.Ao promulgar a Lei Mosaica, Magna Carta de Israel, o Senhor quis respeitar a tradição da sua gente; para depois reformá-la aos poucos. Jesus, completando o processo pedagógico do Antigo Testamento, aboliu a lei de talião, ordenando que os discípulos perdoassem gratuitamente até os inimigos (cf. Mt. 5, 38-42, 21-15). Às vezes aparece a poligamia no Antigo Testamento, como se Deus a aceitasse. Não é bem assim. O matrimônio, quando aparece na história sagrada, pela primeira vez, é como uma união monogâmica; o Criador mesmo o instituiu e abençoou dando-lhe um valor religioso (cf. Gn 1,28; 2,23s). Por isto, o casamento é chamado “aliança de Deus” (Pr 2,17), aliança “da qual o Senhor é testemunha” (cf. Ml 2,14).

A praxe da poligamia foi reconhecida pela Lei mosaica em 1240 (cf. Dt 17, 17; 21, 15; Lv 18,18), mas isto se explica por um ato de tolerância divina. ‘E o que Jesus disse aos fariseus: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés o permitiu: a princípio, porém, não era assim”.  (Mt 19,8)

No tempo de Abraão uma família numerosa era sinal de bênção divina, a esterilidade era vista como uma maldição (cf. Is 63, 9 e Os 9, 14; Lc 1,25). Assim, a moral da época aceitava que o marido da esposa estéril podia gerar um filho com outra mulher livre ou a escrava da sua esposa; e os filhos da escrava eram  pertencentes à sua esposa. Isto era aceito com naturalidade pelos antigos judeus.

Mas, ao lado dos casos de poligamia, concubinato e divórcio reconhecidos pela Lei, houve na história sagrada, episódios que em hipótese alguma poderiam ser justificados, motivados pela fraqueza humana. Entre esses casos está o pecado de Onã (donde o nome do vício “onanismo”), que Deus puniu severamente (cf. Gn 38, 6-10); o atentado incestuoso dos sodomitas (Gs 19, 1-25); a conduta errada de Salomão, que acarretou, como punição, o cisma do reino deste monarca (cf. 1Rs 11, 1-13, 29-33). Além disso a Lei advertia o rei contra os abusos da poligamia (cf. Dt 17,17).

Siga-nos no Twitter: http://twitter.com/PStoAntonio
Curta nossa página no Facebook: http://www.facebook.com/PStoAntonioSCS

As sete faces do Amor de Deus


“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”. I João 4:7

Se pudéssemos definir o estado emocional deste mundo, chegaríamos à conclusão de que é um mundo sem amor. É só sentarmos para assistir aos noticiários televisivos onde noticia após noticia revela um panorama de violências, discórdias, ódios, tragédias e mortes. Com todo avanço tecnológico, desenvolvimento industrial e econômico, pouco se tem melhorado, no que concerne à mudança no comportamento do homem. Nunca se cometeram tantas perversidades, maldades, como nestes tempos. Só no século passado ocorreram duas guerras mundiais, matando milhões de pessoas. O homem está cada vez mais perverso.

Por que o homem se encontra nesse estado espiritual? Por que muitos se têm odiado cada vez mais?

O homem se afastou do amor de Deus e se enveredou pelo caminho do pecado. O homem precisa conhecer o amor de Deus e experimentá-lo em sua plenitude.

Quem nunca experimentou o amor, não o conhece. Quem nunca foi amado não pode amar. Nossa capacidade de amar é maior e mais apurada quando recebemos amor. Quem não recebe amor é incapaz de amar ou o amor é difícil de ser estabelecido em sua vida. Só podemos suprir quando somos supridos, quando há reservas em nós, permitindo-nos doação.

Definindo os fundamentos do amor
É um sentimento de desejar sempre o bem de outra pessoa, não obstante às dificuldades de relacionamentos. No amor verdadeiramente ágape, não há restrições.

Os fundamentos do amor são: importar-se, doar-se (sacrifício), suprir as necessidades do amado, dar proteção, perdoar, renunciar…

O amor é um assunto inspirador, muitos poemas têm cantado suas belezas e também suas tristezas. São inúmeras as composições definindo o amor. (escritores seculares)

“Há um caminho melhor do que este. É o caminho do amor. O amor à semelhança da morte transforma tudo quanto toca. Os homens são atraídos pelo amor. As cousas semelhantes se atraem mutuamente. Os homens amam quando são amados, e odeiam quando são odiados”.

“Pois o limite de pedras não pode conter o amor, e o que o amor pode fazer, isso ousa tentar”. (Romeu e Julieta; Shakespeare).

“Não há nunca amor perfeito sem tortura e sem cuidado. Amar é Ter Deus no peito, outra vez crucificado”. (Augusto Gil, Porto, Portugal. 1873-1939).

“Todos nós nascemos para amar… Esse é o princípio da existência e sua única finalidade”. (Benjamim Disraeli).

“O amor concede em um momento o que o trabalho não poderia obter em uma era”.(Goethe)

“Se queres ser amado, ames”. (Hecato, Fragmentos, 550 a. C).

“O amor é o símbolo da eternidade. Apaga a memória de um começo e todo o temor de um fim”.(Madame Stael, Corinne).

“O químico que pode extrair de seu próprio coração os elementos de compaixão, de respeito, de anelo, de paciência, de lamento, de surpresa e de perdão, compondo-os em um só, pode criar aquele átomo que se chama amor”. (Kahlil Gibram).


Vários poemas bíblicos definindo o amor

“Ninguém tem maior amor do que este de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”.João 15:13.

“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo”.I João 4:18.

“Não me instes para que te deixe, e me obrigues não seguir-te, porque aonde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei, eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”. .Rute 1:16.

“As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios afogá-los”. Cantares 8:7.

“Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. Romanos 5:8

A grandeza do amor de Deus impeliu o apóstolo Paulo a escrever o seu poema imortal que está em I Coríntios 13. Creio que não há outro tão descritivo sobre o amor como o relatado nestas linhas Sagradas da Palavra:

As virtudes do amor. Vs. 4 O comportamento do amor. Vs. 5,6 A resistência do amor. Vs. 7; Cantares 8:6 A durabilidade do amor. Vs. 8 A grandeza do amor. Vs.13


A origem do amor
Deus é amor. Ele é a própria substância, a plenitude e a totalidade do amor. I João 4:8 Deus é a própria essência do amor. Ele ama por que é amor, não faz nenhum esforço para isso.

Portanto, só ama verdadeiramente aquele que nasceu de Deus, porquanto o “amor cristão” é uma qualidade eminentemente espiritual. (I João 4:7). Igualmente, aqueles que não amam não conhecem a Deus (I João 4:8) porque Deus é a própria essência do amor, sendo altruísmo puro.


AS SETE FACES DO AMOR DE DEUS

1. Amor sem interesses. (Não pelo que somos; que temos; ou que fazemos) 2. Amor sem discriminação. (Deuteronômio 10:17) 3. Amor sem falsidade. (Hebreus 13:8) 4. Amor com fidelidade. (II Timóteo 2:13); 5. Amor compromissado. (Números 23:9); 6. Amor com intensidade. (Jeremias 31:3); 7. Amor sacrificial. (João 3:16)

A declaração do amor de Deus em Isaías 43

A prova do amor. Vs.2 O preço do amor. Vs.3,4 Os olhos do amor. Vs.4 A declaração do amor. Vs.4 ( Jer 31:3)

Deus é amor e tem se manifestado aos homens de diversas maneiras: Através de sua criação, da provisão, da saúde, e da vida. O amor de Deus foi personificado e provado na pessoa e na obra de Jesus Cristo, que veio e morreu pelos nossos pecados. Romanos 5:8,9

O amor de Deus nos dá a verdadeira razão de viver em um mundo de paz, fraternidade, sem ódio, sem violência.

Você já pensou quanto você é especial, amado e valorizado por Deus? Você tem correspondido a esse amor de Deus em sua vida?

Deus ama porque é Pai e seus propósitos para nós são sempre os melhores e os maiores.

Feche seus olhos por um momento e contemple apenas com seu coração, o Pai amoroso que te atrai para seus braços. Junto a Ele há plenitude de amor, de esperança e de vitória.

Abra seus olhos agora e contemple aqueles que o rodeiam. Lembre-se que assim como você, eles também são alvos desse amor ilimitado e infinito. O amor de Deus é assim, grandioso, em seu coração não há limite de lugares, todos são bem vindos. Não há exclusividade, mas há um lugarzinho especial dedicado a cada um de nós, onde os entrelaçados laços de afetos são estabelecidos do coração de Deus para o nosso.

Sabe você não pode ficar de fora. Venha e mergulhe nas águas desse amor, envolva-se e deixe que todo o teu ser seja tomado e aí, você aprenderá e decidirá a amar como Ele ama.

Extraído do livro Mensagem de Livramento do Pr Francisco Nascimento

Siga-nos no Twitter: http://twitter.com/PStoAntonio
Curta nossa página no Facebook: http://www.facebook.com/PStoAntonioSCS

Grande Missão: Ano da Fé


O evento Grande Missão Ano da Fé nas Praças é formado por cinco encontros durante os domingos da Páscoa para ajudar a nossa fé. Eles vão acontecer na Praça Fernando de Azevedo, ao lado do Shopping Nova Petrópolis, em São Bernardo do Campo, nos dias 7, 14, 21 e 28 de abril e 5 de maio, sempre as 10h30.

No primeiro encontro os participantes vão encontrar respostas para perguntas como: Quem é Deus para você? Acredita em Deus, por que? Experimentou Deus em sua vida? Sentiu a sua ajuda?

No domingo seguinte: Quem é você? Para que vive? Qual é o sentido da sua vida? É feliz? Para o dia 21 teremos: Anúncio do Kerigma: a notícia da sua salvação, se a escutas e acreditas se salvará.

Nos dois últimos encontros teremos: Kerigma, anúncio do Encontro e a chamada à conversão. E por fim: O que é Igreja? Qual é a sua experiência de Igreja? Quer ser ajudado por uma comunidade cristã?

Siga-nos no Twitter: http://twitter.com/PStoAntonio
Curta nossa página no Facebook: http://www.facebook.com/PStoAntonioSCS

Paz autêntica provém da misericórdia de Deus, diz Francisco


O Papa Francisco rezou na manhã de domingo, 7/4, a oração mariana do Regina Coeli com milhares de fiéis e peregrinos que lotaram a Praça S. Pedro.

Neste domingo que conclui a Oitava de Páscoa, o Papa renovou a todos o voto pascal com as mesmas palavras de Jesus Ressuscitado: "A paz esteja com vocês!". Segundo ele, não é uma saudação nem mesmo um simples augúrio, mas um dom, ou melhor, O dom precioso que Cristo oferece aos seus discípulos depois de ter passado através da morte.

Esta paz, segundo explicou o Papa, é o fruto da vitória do amor de Deus sobre o mal, é o fruto do perdão. "E é justamente assim: a verdadeira paz, aquela profunda, vem da experiência da misericórdia de Deus". 

Comentando o Evangelho de João, Francisco falou da incredulidade de Tomé, que não viu com os Apóstolos a primeira aparição de Cristo. Na segunda vez, oito dias depois, Tomé estava lá. E Jesus se dirigiu precisamente a ele, convidando-o a olhar as feridas e a tocá-las; e Tomé exclamou: "Meu senhor, meu Deus!". Jesus então disse: "Felizes os que não viram e creram!".

“Esta é uma palavra muito importante sobre a fé, podemos chamá-la a beatitude da fé. Em todos os tempos e em todos os lugares, são bem-aventurados os que, através da Palavra de Deus, proclamada na Igreja e testemunhada pelos cristãos, acreditam que Jesus Cristo é o amor de Deus encarnado, a Misericórdia encarnada. E isso vale para cada um de nós!”

Francisco recordou que, com a sua paz, Jesus doou aos Apóstolos o Espírito Santo, para que pudessem difundir no mundo o perdão dos pecados. A Igreja é enviada por Cristo ressuscitado a transmitir aos homens a remissão dos pecados, e assim fazer crescer o Reino do amor e semear a paz nos corações. “Tenhamos também mais coragem para testemunhar a fé no Cristo Ressuscitado! Não devemos ter medo de ser cristãos e de viver como cristãos!”

Antes de rezar o Regina Coeli, o Papa lembrou que celebrará à tarde a Eucaristia na Basílica de São João de Latrão, que é a Catedral do Bispo de Roma. “Peçamos juntos à Nossa Senhora para que nos ajude, Bispo e Povo, a caminhar na fé e na caridade.”

Depois da oração mariana, Francisco se despediu desejando a todos “bom domingo e bom almoço”.

Fonte: Canção Nova
Siga-nos no Twitter: http://twitter.com/PStoAntonio
Curta nossa página no Facebook: http://www.facebook.com/PStoAntonioSCS

Quem foi José do Egito?


Por volta de 1250 a C, os hebreus estavam em plena escravidão no Egito e clamava por um libertador Ex5, 6-9. Javé, o DEUS de Abraão, ouviu o clamor desse povo e enviou um Mediador para liberar a luta pela libertação. Este Mediador é uma pessoa muito famosa, talvez você já conheça muito sobre ela. 

Mas antes de saber como se deu à libertação do povo, vamos entender o porquê do povo hebreu, os israelitas,  foram para o Egito e o porquê se tornara escravo.  Para isso, vamos começar pela história de José do Egito, um dos doze filhos de Jacó. A história está narrada nos capítulos 37 a 50 do livro do Gênesis.

José era  o 11o  filho de Israel, era bom e reto, era o filho predileto de seu pai, o que causava inveja a seus irmãos.  Alem disso, José costumava ter sonhos, nos quais, os irmãos apareciam sempre se curvando diante dele, como se ele fosse o mais importante. Isso aumentava a inveja dos irmãos, que resolveram matá-lo.

Certo dia, estando os seus irmãos a apascentar ovelhas  em Siquém;  Jacó envia José para buscar notícias dos irmãos. Quando ainda estava longe, antes que se aproximasse, os irmãos dele diziam entre si: Eis aí vem o sonhador; vinde, matemo-lo e lancemo-lo em uma cisterna; e diremos: uma fera cruel o devorou; então se verá de que lhe aproveitam os seus sonhos.   Ruben, porém, ouvindo isto, esforçava-se por livrá-lo das suas mãos e dizia: Não lhe tireis a vida, nem lhe derrameis o sangue, mas lançai-o nesta cisterna, que está no deserto, e conservais puras as vossas mãos. Ruben dizia isto por que tinha a intenção de devolvê-lo com vida a seu pai. Logo que José chegou junto de seus irmãos, despiram-no da bela túnica que vestia, e lançaram-no na cisterna velha que não tinha água.

Aconteceu, porém, por providência de DEUS, quando eles sentaram para comer pão, viram uns viajantes ismaelitas com destino ao Egito. Judá, então, disse aos seus irmãos: De que nos aproveita matar o nosso irmão e ocultar a sua morte? É melhor que se venda aos ismaelitas, e que não se manchem as nossas mãos. Assim foi feito e José foi vendido por 20 moedas e, assim seguiu para o Egito.  Para o pai Jacó, disserarm que José fora devorado por animais, mostrando a túnica que José vestia suja de sangue. Assim Jacó acreditou que José havia falecido. Bem, José foi, pois, conduzido ao Egito e o Senhor era com ele, e tudo o que fazia lhe sucedia prosperamente; e habitava em casa do seu senhor, o qual conhecia muito bem que DEUS estava com ele, e prosperava em suas mãos tudo o que fazia – Gn39.

Um dia foi preso, acusado injustamente de assédio sexual pela mulher de Putifar, ofícial egípcio do Faraó – Gn 39,1-20. Ele resistiu e foi jogado na prisão. Ler Gn 39,8-9 - “Mas o Senhor, porém, foi com José e, fez governador da prisão, o qual foi confiado toda a vigilância; e tudo o que se fazia  no cárcere, era feito por sua ordem.  Nem o governador tomava conhecimento de coisa alguma”  Gn39, 21-23. José mesmo na prisão confiava nos caminhos de DEUS. Ele é o primeiro homem carismático. (Carisma: Força divina conferida a uma pessoa, mas em vista da necessidade ou utilidade da comunidade religiosa. Atribuição a outrem de qualidades especiais de liderança, derivadas de sanção divina, mágica, diabólica, ou apenas de individualidade excepcional).

“Certo dia o Faraó estando de pé, junto ao rio Nilo, viu subir do Nilo sete vacas bonitas e gordas, que pastavam. Atrás delas, subiram outras sete vacas, feias e magras, que puseram ao lado das primeiras na margem do rio. Então as vacas feias e magras devoravam as sete vacas gordas e bonitas. Nisso, o Faraó acordou”.
E voltando a dormir, teve outro sonho: sete espigas brotavam do mesmo talo, cheias e bonitas.  E atrás delas nasceram sete espigas mirradas e ressecadas.  Ai, as espigas mirradas devoravam  as sete espigas  graúdas. Pela manha, o Faraó estava perturbado e chamou todos os magos e sábios do Egito.  “Contou-lhes o sonho que tivera, mas ninguém foi capaz de interpretá-lo” Gn 41,1-24.

Então o chefe dos copeiros disse ao Faraó que na prisão tinha um jovem hebreu que havia interpretado o sonho dele e dos seus companheiros e realmente foi realizado de acordo com que José interpretara “Gn 40,12-14”. Faraó então chama José e ele interpretou o sonho dizendo: DEUS mostrou ao faraó o que está para fazer; Aquele sonho era um aviso do que iria acontecer depois de sete anos de fartura na colheita, haveria sete anos de seca. Faraó ficou apavorado e percebeu que José era o enviado de DEUS e então lhe pergunta: O que devo fazer? E José responde que ele deveria preparar “celeiros” (paiol) para guardar toda a colheita a fim de formar uma  provisão para atender o período de fome.

Então, o Faraó disse aos ministros: “Poderão, por acaso, encontrar um homem como este, em quem esteja o Espírito de DEUS”? Ler Gn41,37-43, Faraó disse ainda: “Visto que DEUS revelou tudo isso a você, não há ninguém tão inteligente e sábio como você. Você será o administrador do meu palácio, e todo o povo obedecerá às suas ordens. Só pelo trono serei maior do que você”  e continuou: “Veja! Eu coloco você à frente de todo o país”  e tirando da mão o anel de selo e o colocou na mão de  José.

Começa a ascensão de José. José organizou a colheita, para que fossem estocados os grãos nos primeiros sete anos de fartura.  Além do seu discernimento para interpretar a ação de DEUS, ele demonstra também o tino administrativo que salvará da fome o país.  José é sábio: tem capacidade de discernir a ação de DEUS e agir de acordo, pois a providência de DEUS não dispensa o homem de analisar as situações e tomar atitudes adequadas. Aconteceu como José havia interpretado, veio a seca, houve grande fome em todo o Egito; e o povo, com grandes gritos, pediu pão ao Faraó. Faraó responde: “Vão a José, e façam o que ele disser a vocês” Gn 41,55. A fome alastrou mais ainda e cobriu toda a terra, José abriu os armazéns de trigo e vendeu mantimento aos egípcios.  De todos os países ia muita gente ao Egito.


Aconteceu que, o povo hebreu vai, também, para o Egito em busca de alimento, inclusive os irmãos de José. Chegando lá, os irmãos de José passam por duras provas uma dela está narrada em Gn42 a 44. José os perdoa após ter reconhecido em seus irmãos a transformação de vida e arrependimento pelo ato que o praticara, e declara que tudo acontecera por vontade de DEUS Gn 45,8.

No acontecimento acima, vemos DEUS agindo através dos homens e das situações para realizar seu projeto de vida.  Muitas vezes não compreendemos os acontecimentos e situações porque não somos capazes de descobrir o que DEUS quer com eles.  Caminhamos no escuro e precisamos acreditar que DEUS vai realizando o seu projeto através da nossa própria incompreensão.  Só no fim compreendemos que DEUS estava junto conosco durante todo o tempo, encaminhando nossa história para a liberdade e a vida.

José então leva para o Egito seu pai Jacó e seus irmãos, tirando-os totalmente da miséria. Ler Gn46,1-4 – Veja! Irei contigo. DEUS se apresenta já como condutor do povo, como será mais tade durante a saída do Egito.  Foram 70 pessoas com as quais Jacó checou ao Egito e dali, alguns séculos (4 séculos)  mais tarde, guiou de maneira maravilhosa o seu povo para a Terra Prometida. Pois bem, no início Os hebreus foram bem tratados por serem descendentes de José. Faraó deu as melhores terras para o povo de Israel e o povo tornou-se numeroso, rico e fortalecido mais do que os egípcios. Se houvesse uma batalha eles venceriam facilmente.

Anos mais tarde, após a morte de José e do faraó que o colocara na administração, o faraó que estava administrando, com medo de que eles dominassem o Egito, (faraó é título assim como presidente aqui no Brasil), que não conhecera José, mandou escravizar os hebreus, e o povo passou a viver em muito sofrimento.  Porém sempre lembrando da promessa que DEUS fizera a Abraão. O povo hebreu, escravo, continua crescer assustadoramente e o faraó decreta então controle de natalidade, isto é, ordena as parteiras que matassem todos os meninos hebreus logo que nascesse, e dissesse para as mães que o menino teria nascido morto. Esta medida não deu certa, pois, as parteiras, por temer a DEUS, não tiveram coragem de executar esta ordem e disseram para o Faraó que não estava dando para fazer isso, pois as mulheres hebréias eram muito saudáveis. As parteiras quando chegava para fazer o parto a criança já havia nascido.

Por fim, o Faraó, então, resolve escancarar; ordenou que todos meninos depois de nascidos fossem mortos, isto é, “jogai no rio” Ex1,22.  Assim foi feito e muitos meninos morreram (gravem isto com atenção).

Siga-nos no Twitter: http://twitter.com/PStoAntonio
Curta nossa página no Facebook: http://www.facebook.com/PStoAntonioSCS