domingo, 27 de outubro de 2013

João XVIII - Reforma da Humildade

Há exatos 55 anos era eleito Angelo Giuseppe Roncalli para ser o novo Papa da Igreja Católica, assumindo o nome de João XVIII, sucedendo o Papa Pio XII. Seu pontificado foi marcado pelo Concílio Vaticano II, iniciado em 1962, para mostrar ao mundo uma imagem de paz e humildade.

Esse ano, muitos se surpreenderam com várias atitudes do Papa Francisco, eleito em março. Ele trouxe cadeira e lanche para um vigia noturno no Vaticano carrega as próprias bagagens, não é afeito a muito luxo, enfim, um ato de humildade atrás do outro. Claro que tinha que nos surpreender, afinal, hoje estamos em um mundo extremamente egoísta e egocentrista, onde latas de cerveja são arremessadas de janelas de carro no meio de rodovias e carrinhos de supermercados são largados no meio de vagas ou atrás de outros carros e o dono dele que se vire para guardar. Então, quando alguém em uma posição tão importante como a de papa mostra atitudes como as do Papa Francisco é de se surpreender mesmo.

Por conta disso é muito comum a opinião que a Igreja Católica mudou que agora está mais humilde e etc. O Papa João XXIII é um grande exemplo disso. Com um pontificado em meio a Guerra Fria, crise dos mísseis e corridas espaciais, ele deu diversos exemplos de humildade, perdão e amor ao próximo. Fo no concílio realizado em seu pontificado que teve, em sua reforma litúrgica, uma das mudanças de conduta mais importantes no que se refere à humildade e respeito ao próximo: A de rezar a missa no idioma local. Hoje, parece até banal isso, mas mudanças desse gênero eram muito contestadas, tanto por cardeais quanto por fiéis e seguidores. Tratado muitas vezes como "modernizador", acho que ele "apenas" mostrou ao mundo como respeitar o próximo, como perdoar um amigo, como entender posições contrárias.

Para quem não conhece ainda a história de sua vida e de seu pontificado, indico o filme "Papa João XXIII, o Papa Bom" que você pode ver no link do Youtube abaixo. Uma história linda e emocionante.

Suas lições, sua vida e seus exemplos estiveram sempre presentes nos pontificados posteriores, como o do Papa João Paulo II e do atual Papa Francisco. A humildade desses homens não mudou. O que mudou foi nosso egoísmo, nossa falta de respeito com o próximo. A Guerra Fria da época é o Oriente Médio de hoje, ou seja, um querendo impor sua vontade e seu modo de vida ao outro por motivos muito menores que a tão alardeada "busca pela liberdade". Mas, estamos tão habituados a viver nesse egoísmo, nessa ganância que hoje, talvez, choque mais uma atitude de humildade como as comentadas aqui feitas pelo Papa Francisco que achamos que é novidade, que é diferente. Conhecendo o passado, vejo que não é novidade. Apenas perdemos o caminho.



sábado, 26 de outubro de 2013

Mês das Missões: Levar as Pessoas à Jesus

A Mensagem do Papa Francisco para Dia Mundial das Missões 2013, a ser celebrado no próximo dia 20 de outubro, é um vigoroso apelo a que cada cristão assuma o compromisso de comunicar aos outros a alegria de conhecer Jesus Cristo. Com efeito, “conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria” (DAp, 29). Assim, levar as pessoas a Jesus, ao encontro com Ele, é uma urgência inadiável em todos os recantos do mundo.

“O anúncio do Evangelho, escreve o Papa, é um dever que brota do próprio ser discípulo de Cristo e um compromisso constante que anima toda a vida da Igreja” (Mensagem, n. 1). Cultivar e deixar-se abrasar pelo ardor missionário é sinal de maturidade cristã. Não podemos ficar trancados e fechados em nós mesmos; antes, pelo contrário, precisamos anunciar a Palavra de Deus, sobretudo, a quem não conhece Jesus.

Ninguém se auto exclua dessa tarefa. O Santo Padre convida os bispos, os presbíteros, os conselhos presbiterais e pastorais cada pessoa e grupo responsável na Igreja a porem em relevo a dimensão missionária. Muitas vezes, adverte o Papa, os obstáculos à obra evangelizadora encontram-se dentro da própria comunidade eclesial. De fato, o estado de espírito frio e indiferente de muitos batizados insuficientemente evangelizados, a falta de fervor, de alegria, de coragem e de esperança, são barreiras a impedir o caminho da evangelização. Nada, porém, nos tire a ousadia e a alegria de propor aos outros o encontro vivo com Cristo ressuscitado.

Por outro lado, insiste o Papa Francisco, não se pode anunciar Cristo sem a Igreja. Evangelizar nunca é um ato isolado, individual, privado, mas sempre eclesial” (ibidem, 3). Portanto, quando alguém, no rincão mais remoto, prega o Evangelho, ele perfaz  um ato de Igreja (cf. EN, 60). Isto fortalece a missão e faz sentir a cada missionário e evangelizador que nunca está sozinho, mas é parte de um único Corpo animado pelo Espírito Santo (cf. ibidem).

Convém recordar ainda que “a missionariedade da Igreja, insiste o Papa, não é proselitismo, mas testemunho de vida que ilumina o caminho, que traz esperança e amor” (Mensagem, n. 4). Somos interpelados, outrossim, a corresponder generosamente à voz do Espírito, segundo o próprio estado de vida, bem como a apoiar a vocação missionária “ad gentes” e a ajudar as Igrejas que precisam de sacerdotes e de leigos/as para revigorar a comunidade cristã (cf. Mensagem, n. 5).

Depende de nós multiplicar os poços para os quais convidar os homens e mulheres sedentos e ali fazer com que encontrem Jesus. Sejamos oásis nos desertos da vida de quem anda à procura do encontro com Cristo. Ajudemos a fincar raízes do Evangelho onde a Palavra de Deus ainda não encontrou terra boa para produzir fruto de salvação.

A Mãe de Jesus e nossa nos acompanhe na missão de levar Cristo, como Ela o fez, a cada pessoa que encontrarmos pelas estradas da vida.

Dom Nelson Westrupp, scj
Bispo Diocesano de Santo André

Texto originalmente publicado no site da Diocese de Santo André

Mês das Missões: Eu e minha pastoral estamos saindo em missão?

Você, coordenador ou participante de uma das pastorais da paróquia, já parou para pensar no trabalho que vem desenvolvendo? Já parou para olhar ao seu redor e perceber se suas ações estão sendo para levar a palavra de Jesus Cristo pelo mundo? Sei que são perguntas difíceis de serem respondidas. Contudo, este é um exercício que deveríamos fazer diariamente. É isso mesmo, "colocar na parede" a nossa atuação como missionário. Até que ponto minha colaboração ou empenho estão fazendo a diferença? Um caminho para encontrar respostas positivas ou mudar o curso de nossa atuação é usar nossas habilidades. Se sou tímido, preciso usar de melhor forma esta característica e assim por diante se sou desenvolto, comunicativo, líder ou simplesmente um simples voluntário. O Mês das Missões serve também para pararmos e darmos uma nota para nossa sede de ser missionário, como sempre nos convidará e exortará a amada Igreja Católica. E você, que nota se daria como missionário?

Carlos Eduardo Biagini

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Santo do Mês: São Cosme e Damião

Cosme e Damião eram irmãos gêmeos, médicos de profissão e santos na vocação da vida. Com a conversão passaram a ser missionários, aproveitando a ciência com a confiança no poder da oração. Levavam a muitos a saúde do corpo e da alma.

Viveram na Ásia Menor, até que diante da perseguição de Diocleciano, no ano 300 da era cristã, foram presos, pois eram considerados inimigos dos deuses e acusados de usar feitiçarias e meio diabólicos para disfarçar as curas. Tendo em vista esta acusação, a resposta deles era sempre: "Nós curamos as doenças, em nome de Jesus Cristo e pelo Seu poder!".

Diante da insistência, quanto à adoração aos deuses, responderam: "Teus deuses não têm poder algum, nós adoramos o Criador do céu e da terra!"

Jamais abandonaram a fé e foram decapitados em 303. São considerados os padroeiros dos farmacêuticos, médicos e das faculdades de medicina.

São Cosme e São Damião, rogai por nós!

Texto originalmente publicado no Jornal do Mês de Outubro da Paróquia

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Outubro: Mês das Missões

O mês de outubro é, para a Igreja Católica em todo o mundo, o período no qual são intensificadas as iniciativas de informação, formação, animação e cooperação em prol da Missão universal. O objetivo é promover e despertar a consciência, a vida e as vocações missionárias, bem como realizar uma Coleta mundial para o sustento de atividades de promoção humana e evangelização nos cinco continentes, sobretudo em países onde os cristãos são ainda uma minoria e as necessidades materiais são mais urgentes.

A Campanha Missionária acontece durante o mês de outubro e procura envolver todos os cristãos, com os grupos e as comunidades, nas Dioceses e Regionais. É um tempo propício, para refletir sobre a nossa responsabilidade com a missão universal. Assim o tema proposto, “Brasil missionário, partilha tua fé”, quer motivar e valorizar o que já fazemos e o quanto precisamos avançar. É nosso compromisso viver a solidariedade, a partilha e a ajuda mútua em todas as partes do mundo, seja na oração, no testemunho e na generosidade com a oferta.

As POM do Brasil querem ajudar a despertar e criar em cada cristão maior consciência e espírito missionário. Na vida e ação pessoal e comunitária, precisamos responder ao mandato de Jesus: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 19-20).

domingo, 6 de outubro de 2013

Conhecendo os movimentos da nossa Paróquia: Grupo Imaculada Conceição

Neste mês, vamos conhecer o Grupo Imaculada Conceição, que é um movimento que surgiu entre amigos em 2010 com o desejo de arrebanhar as pessoas afastadas da Igreja. Sentimos a necessidade de ir atrás das ovelhas desgarradas a partir da experiência de encontro com o Senhor. Nosso objetivo é reavivar no coração dessas pessoas o desejo de viver novamente os sacramentos da Igreja e também engajá-las nas respectivas paróquias, incentivando-as a participar das diversas pastorais que elas oferecem.

Vivemos na prática o 7º Plano Pastoral, tendo como objetivo o caráter de missão a partir de Cristo. Queremos com essas pessoas criar um laço familiar onde um se torna o sustento do outro e incentiva a vivência do Evangelho.

Fazemos da seguinte forma:
* Atendemos às segundas-feiras na paróquia com oração, adoração ao Santíssimo e diálogo particular.
* Às quintas-feiras visitamos as famílias em suas residências para ter um diálogo familiar incentivando-as a se reaproximarem da Igreja. Ex.: terço, louvor, leitura da palavra e oração;
* No último sábado de cada mês, às 19h, nos reunimos na paróquia para formação da palavra, louvor e experiência de oração.

Venha participar conosco e caso queira uma visita da equipe em sua casa ou receber oração na capela, favor contatar a Rosana no telefone 98362-8076. Você também pode nos contatar pelo e-mail grupo.imaculadaconceicao@gmail.com.

Palavra do Padre: PAZ

Nos últimos dias, fomos informados pela mídia com mais ênfase sobre espionagens, violência e guerra, o que nos passam uma insegurança sem precedentes. Uma situação mundial desoladora, em que alguns povos não são respeitados na sua soberania, que não são considerados nos seus direitos e deveres, que vivem numa ditadura do sangue e das armas.
Diante de tal situação, a Igreja não fica e nem poderia ficar indiferente; mas, se mostra vigilante, atenta e preocupada. A mensagem do Evangelho é essencialmente de paz. O próprio Cristo é definido como "Príncipe da Paz" pelos profetas. Ele veio nos deixar sua paz (Jo 14, 27), quem é de Cristo não pode mesmo ficar indiferente à falta de paz, porém, a paz não é só uma palavra e sim uma vivência. Como nos ensina a Palavra de Deus, somos embaixadores da paz, assim não pode a Igreja deixar na sua missão continuadora da presença de Cristo, em obras e palavras, de lutar e construir um mundo de paz.
Por isso, o Papa Francisco convocou os cristãos do mundo inteiro à oração, ao jejum e a penitência, em favor do mundo e de modo especial os que se encontram em situação de guerra. Portanto, peço aos paroquianos que não fiquem indiferentes a essa situação e a convocação do nosso queriro Papa.

Minha benção à todos!

Pe. Francinaldo Sousa

Mensagem originalmente publicada no Jornal de Outubro da Paróquia