segunda-feira, 11 de agosto de 2014

SNF 2014 - Crer em Deus torna o mundo melhor

Para o segundo encontro da Semana Nacional da Família, vamos ler alguns excertos da encíclica “A luz da fé”, publicada esta sexta-feira pela Sala de Imprensa da Santa Sé. O documento, assinado pelo papa Francisco, conta com a redação do seu antecessor, Bento XVI.

A fé não é um refúgio para gente sem coragem, mas a dilatação da vida: faz descobrir uma grande chamada — a vocação ao amor — e assegura que este amor é fiável, que vale a pena entregar-se a ele, porque o seu fundamento se encontra na fidelidade de Deus, que é mais forte do que toda a nossa fragilidade. (n. 53)

Assimilada e aprofundada em família, a fé torna-se luz para iluminar todas as relações sociais. Como experiência da paternidade e da misericórdia de Deus, dilata-se depois em caminho fraterno. Na Idade Moderna, procurou-se construir a fraternidade universal entre os homens, baseando-se na sua igualdade; mas, pouco a pouco, fomos compreendendo que esta fraternidade, privada do referimento a um Pai comum como seu fundamento último, não consegue subsistir; por isso, é necessário voltar à verdadeira raiz da fraternidade. Desde o seu início, a história de fé foi uma história de fraternidade, embora não desprovida de conflitos. Deus chama Abraão para sair da sua terra, prometendo fazer dele uma única e grande nação, um grande povo, sobre o qual repousa a Bênção divina (cf. Gn 12, 1-3). À medida que a história da salvação avança, o homem descobre que Deus quer fazer a todos participar como irmãos da única bênção, que encontra a sua plenitude em Jesus, para que todos se tornem um só. O amor inexaurível do Pai é-nos comunicado em Jesus, também através da presença do irmão. A fé ensina-nos a ver que, em cada homem, há uma bênção para mim, que a luz do rosto de Deus me ilumina através do rosto do irmão.
Quantos benefícios trouxe o olhar da fé cristã à cidade dos homens para a sua vida em comum! Graças à fé, compreendemos a dignidade única de cada pessoa, que não era tão evidente no mundo antigo. No século II, o pagão Celso censurava os cristãos por algo que lhe parecia uma ilusão e um engano: pensar que Deus tivesse criado o mundo para o homem, colocando-o no vértice do universo inteiro. «Porquê pretender que [a verdura] cresça para os homens, em vez de crescer para os mais selvagens dos animais sem razão?» «Se olhássemos a terra do alto do céu, que diferença se nos ofereceria entre as nossas atividades e as das formigas e das abelhas?» No centro da fé bíblica, há o amor de Deus, o seu cuidado concreto por cada pessoa, o seu desejo de salvação que abraça toda a humanidade e a criação inteira e que atinge o clímax na encarnação, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Quando se obscurece esta realidade, falta o critério para individuar o que torna preciosa e única a vida do homem; e este perde o seu lugar no universo, extravia-se na natureza, renunciando à própria responsabilidade moral, ou então pretende ser árbitro absoluto, arrogando-se um poder de manipulação sem limites. (n. 54)

Além disso a fé, ao revelar-nos o amor de Deus Criador, faz-nos olhar com maior respeito para a natureza, fazendo-nos reconhecer nela uma gramática escrita por Ele e uma habitação que nos foi confiada para ser cultivada e guardada; ajuda-nos a encontrar modelos de progresso, que não se baseiem apenas na utilidade e no lucro mas considerem a criação como dom, de que todos somos devedores; ensina-nos a individuar formas justas de governo, reconhecendo que a autoridade vem de Deus para estar ao serviço do bem comum. A fé afirma também a possibilidade do perdão, que muitas vezes requer tempo, canseira, paciência e empenho; um perdão possível quando se descobre que o bem é sempre mais originário e mais forte que o mal, que a palavra com que Deus afirma a nossa vida é mais profunda do que todas as nossas negações. Aliás, mesmo dum ponto de vista simplesmente antropológico, a unidade é superior ao conflito; devemos preocupar-nos também com o conflito, mas vivendo-o de tal modo que nos leve a resolvê-lo, a superá-lo, como elo duma cadeia, num avanço para a unidade.

Quando a fé esmorece, há o risco de esmorecerem também os fundamentos do viver, como advertia o poeta Thomas Stearns Eliot: «Precisais porventura que se vos diga que até aqueles modestos sucessos / que vos permitem ser orgulhosos de uma sociedade educada / dificilmente sobreviveriam à fé, a que devem o seu significado?» Se tiramos a fé em Deus das nossas cidades, enfraquecer-se-á a confiança entre nós, apenas o medo nos manterá unidos, e a estabilidade ficará ameaçada. Afirma a Carta aos Hebreus: «Deus não Se envergonha de ser chamado o “seu Deus”, porque preparou para eles uma cidade» (Heb 11, 16). A expressão «não se envergonha» tem conotado um reconhecimento público: pretende-se afirmar que Deus, com o seu agir concreto, confessa publicamente a sua presença entre nós, o seu desejo de tornar firmes as relações entre os homens. Porventura vamos ser nós a envergonhar-nos de chamar a Deus «o nosso Deus»? Seremos por acaso nós a recusar-nos a confessá-Lo como tal na nossa vida pública, a propor a grandeza da vida comum que Ele torna possível? A fé ilumina a vida social: possui uma luz criadora para cada momento novo da história, porque coloca todos os acontecimentos em relação com a origem e o destino de tudo no Pai que nos ama. (n. 55)

Esta transcrição omite as notas de rodapé.

sábado, 9 de agosto de 2014

SNF 2014 - A Espiritualidade Cristã na Família

A Espiritualidade é um componente Permanente na vida do Cristão, Seja ele um Jovem solteiro, Casado ou Consagrado ao Sacerdócio.

No quinto capítulo da “Lumen Gentium“, lemos o título:
“Vocação universal à santidade”.
Quer dizer, ser santo não é um privilégio dos monges ou de uma elite, mas é algo destinado a todo e qualquer batizado e a tantos outros que nem são cristãos. 
“Todos os que, movidos pelo Espírito de Deus, obedecem a voz do Pai e adoram a Deus Pai em espírito e verdade, cultivam nos vários gêneros de vida e ofícios uma única santidade”. (Lumen gentium, 41)

No nº 56 da “Familiaris consortio” lê-se:
“Cumprindo à energia do sacramento, a própria missão conjugal e familiar, penetrados do espírito de Cristo que impregna toda a sua vida de fé, esperança e caridade avançam sempre mais na própria perfeição e mútua santificação e cooperam assim juntos para a glória de Deus”.

Jesus falou: “sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt. 5,48) e são Paulo lembra-nos o seguinte: “esta é a vontade de Deus: Vossa santificação” (Ts. 4,3). Também escreveu que Cristo amou a Igreja como se fosse sua esposa, a fim de santificá-la. Todos os fiéis cristãos são chamados à santidade e à perfeição da caridade. A passagem de imperfeitos para perfeitos se dá sempre a partir do amor (Fl. 3,12).

Durante muitos séculos foi pensado que só os consagrados e os religiosos estivessem obrigados a seguirem e a viverem os preceitos evangélicos, mas o Evangelho é para ser vivido por todos os cristãos. Devemos testemunhar Cristo pobre, humilde, carregado com a cruz.

Os casados não imitam um estilo de santidade que funciona para os monges e religiosos. Os casados devem se ajudar mutuamente a conservar a graça no decurso de sua vida. O marido tem a responsabilidade de ajudar a sua esposa a se salvar e vice-versa. Cada cônjuge tem o direito de receber o apoio, a inspiração e a motivação necessários para alcançar a vida eterna. Assim, todos os cristãos, nas condições, ofícios ou circunstâncias de sua vida, e através desse tudo, dia a dia mais se santificarão se, com fé, tudo aceitam da mão do Pai. Os cristãos, diz o Concílio Vaticano II são convidados e obrigados a procurar a santidade e a perfeição no seu próprio estado de vida.

O amor é o que dá sentido à vida, o que dá sentido ao casamento. A maior garantia para que o amor dos cônjuges não desapareça mas ainda se torne mais profundo, mais verdadeiro através dos anos é estar o casal constantemente em busca da sintonia entre seu projeto fundamental de vida e o projeto de Deus, fonte de toda a vida para nós.
Como agente de Pastoral somos missionários. O que sustenta esse nosso trabalho missionário é a experiência de Deus, ou seja, a espiritualidade.

A oração, esse relacionamento do ser humano com o seu Deus, está profundamente inscrita no coração de cada um, na forma de um desejo da criatura de encontrar-se com seu Criador, do filho querendo comunicar-se com o Pai. O batizado, à medida que vai crescendo na Igreja, recebe o apoio da comunidade nessa busca, por meio das liturgias, dos sacramentos, dos momentos reservados para esse encontro com Deus.

Uma das dificuldades que o cristão encontra quando casa, é a insegurança que sente diante dessa nova criatura de Deus que é o casal. Ao mesmo tempo em que cada um é chamado a conservar uma profunda identidade individual, o matrimônio busca fundir numa nova personalidade, numa nova espiritualidade, num novo ser muitas características e atitudes que passam a ser dois.

Assim, além do encontro individual do marido e da mulher com Deus, a nova criatura – o “ser-casal” – também tem necessidade de comunicar-se com Ele. E isso também será levado mais tarde, quando os filhos virão complementar essa unidade de amor e vida que é a família.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

4 de agosto - Dia do Padre

Ao longo do mês de agosto, todos os vocacionados(as) são convidados a refletir sobre a própria vocação e missão na Igreja e no mundo.

O “dia do Padre”  é comemorado no primeiro domingo de agosto. Sua origem é a memória litúrgica de São João Maria Vianney, conhecido como “Cura d’Ars”, Padroeiro dos Padres, celebrada no dia 4 de agosto.

Contemplando a figura ímpar de seu Padroeiro, o Padre pode confrontar seu estilo  de pastor com o ministério sacerdotal exercido pelo Cura d’ Ars. Apesar das inúmeras dificuldades e limitações, aos 29 anos de idade, ele era ordenado presbítero. Desde  criança, seu sonho maior era tornar-se padre para  “conquistar almas para Deus”. Essa deve ser também  a motivação de fundo de todo  sacerdote. À semelhança de Cristo, Bom Pastor, o Padre deve ser conhecido, estimado e admirado pelo seu zelo incansável, ardor apostólico e grande amor às ovelhas a ele confiadas.

Cura  d’Ars aceitava sofrer tudo pela conversão de sua paróquia. Assim  ele rezava com frequência:  “Ó meu Deus, concedei-me a conversão de minha paróquia: eu aceito sofrer tudo o que Vós quiserdes, durante toda a minha vida”.
O segredo de seu generoso ardor pastoral, nosso Padroeiro buscava na conformação às exigências radicais do Evangelho, propostas por Cristo aos discípulos que enviava em missão: espírito de pobreza e desprendimento, humildade, abnegação de si mesmo, penitência voluntária e muita oração.

O ministro do Senhor deverá trazer sempre presente na memória e no coração, que não passa de um instrumento “desproporcional” para a missão. A força da mensagem reside em si mesma e não em técnicas  humanas. A pregação do Padre não se apoia na persuasão da sabedoria humana, mas no poder de Deus (cf. 1 Cor 2, 4-5).

Multidões acorriam a Padre Vianney para confessar-se e se aconselhar. O que atraía as pessoas não era a curiosidade nem a fama de taumaturgo…, mas o pressentimento de ir encontrar-se com um santo, com um “homem de Deus”, como deve ser o Padre. Todas as atividades sacerdotais de Padre Vianney estavam centralizadas na Eucaristia, na catequese e no sacramento da reconciliação. Ele dizia  que “o santo sacrifício da Missa  e a comunhão são os dois atos mais eficazes para  conseguir a transformação dos corações…”. A missa era, para ele, a grande alegria e o conforto de sua vida sacerdotal. Seu amor a Jesus eucarístico arrastava muitos paroquianos a rezar diante do Santíssimo Sacramento.
Inspirados no estilo de vida sacerdotal de seu Padroeiro, os Padres são convidados a imitá-lo,  lembrados de que “sem a presença de  Cristo,  representado pelo presbítero, guia sacramental da comunidade, ela não seria plenamente eclesial” (São João Paulo II).

Enfim, o sacerdote é aquele que distribui a todo o Povo de Deus a vida espiritual. Ele é o ministro das ações salvíficas essenciais.

Na Igreja santa, todos os fiéis são chamados à santidade. Sacerdotes santos geram leigos e leigas santos…
Rezemos sempre pela santificação do Padre. Amemos nossos  sacerdotes!

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A Você, querido Padre,
meu abraço amigo neste seu dia e minha oração constante por Você e sua missão.

Aproveito para desejar-lhe toda força e coragem nos desafios da evangelização.

Que sua preciosa vida sacerdotal seja  acompanhada e protegida por Nossa Senhora, Mãe do Sumo e Eterno Sacerdote e nossa.

Votos de todo bem e de toda graça!

Dom Nelson Westrupp, scj
Bispo Diocesano de Santo André
Santo André, 4 de agosto de 2014

domingo, 3 de agosto de 2014

ENVOLVER-SE VOCACIONALMENTE

Grande desafio para a vida da Igreja continua ser a escassez  de vocações sacerdotais, religiosas e leigas. O número daqueles e daquelas que estão diretamente a serviço da construção do Reino de Deus é simplesmente insuficiente.

O Mês Vocacional (agosto) é um tempo favorável para as comunidades fervorosas rezarem mais insistentemente pelas vocações e assumirem a pastoral vocacional com mais amor e destemor.
Não desconhecemos as dificuldades do trabalho vocacional no atual contexto social, onde predomina, no dizer do Papa Francisco, a “cultura do provisório”. Falar ao mundo de hoje sobre o ideal de uma vida totalmente entregue a Cristo e à sua Igreja tornou-se praticamente um discurso proibido. Daí, talvez, a razão por que não são muitos os que ainda se animam a propor o seguimento de Cristo como uma opção radical de vida.

A falta de ardor apostólico pode esfriar o entusiasmo vocacional no seio de nossas comunidades. Ao contrário, “onde há vida, fervor, paixão de levar Cristo aos outros, surgem vocações genuínas” (EG, 107).
No dizer do Papa Francisco, “a vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor uns aos outros que se faz serviço recíproco, no contexto de uma vida eclesial autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno” (Mensagem para o 51º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, n. 3 – 15.1.2014).

Diante do que dissemos, que atitudes tomar? Será suficiente a oração para que Deus “providencie” as vocações necessárias para a sua Igreja? A iniciativa da graça está na origem de toda vocação, a qual exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho.
Além da oração, é mister descobrir motivações de fundo que superem as fragilidades que hoje acompanham grande número de vocacionados, nem sempre capazes de distinguir o que é essencial do que é secundário ou acidental.

Apesar dos pessimistas de plantão e de resistências silenciosas e ostensivas, dentro e fora da Igreja, não nos cansemos de promover a pastoral vocacional. Não deixemos de envolver as paróquias, as famílias, as escolas, as associações e os Novos Movimentos, suscitando uma reflexão mais atenta e profunda sobre os valores essenciais da vida e da vocação humana. Não deixemos de assumir a própria responsabilidade na vida eclesial.

Fidelidade e perseverança vocacional são virtudes a serem readquiridas  e vivenciadas como garantia de felicidade e realização pessoal para quem livremente decidiu seguir Jesus Cristo.

Dom Nelson Westrupp, scj
Bispo de Santo André

sábado, 2 de agosto de 2014

Papa Francisco dá 10 conselhos para uma vida feliz

O Papa Francisco concedeu uma entrevista à revista argentina Viva, e entre as respostas deixou aos leitores alguns conselhos para uma vida feliz.

Os “10 conselhos do Papa” foram publicados,  em espanhol,  no último domingo, 27.

1) Viver e deixar viver, primeiro passo para a felicidade
“Aqui os romanos têm um ditado e podemos levá-lo em consideração para explicar a fórmula que diz: ‘Vá em frente e deixe as pessoas irem junto’.” Viva e deixe viver é o primeiro passo da paz e da felicidade.

2) Doar-se aos outros para não deixar o coração dormindo
“Se alguém fica estagnado, corre o risco de ser egoísta. E água parada é a primeira a ser corrompida.”

3) Mover-se com humildade, com benevolência entre as pessoas e as situações
O Papa usa o termo “remansadamente”, de um clássico da literatura argentina. “No [romance] ‘Dom Segundo Sombra’ há uma coisa muito linda, de alguém que relê a sua vida. Diz que em jovem era uma corrente rochosa que levava tudo à frente; quando adulto, era um rio que andava para frente; na velhice, sentia-se em movimento, mas remansado. Eu utilizaria essa imagem do poeta e romancista Ricardo Guiraldes, este último adjetivo, remansado. A capacidade de se mover com benevolência e humildade, o remanso da vida. Os anciãos têm essa sabedoria, são a memória de um povo. E um povo que não se importa com os mais velhos não tem futuro.”

4) Preservar o tempo livre como uma sadia cultura do ócio
“O consumismo levou-nos a essa ansiedade de perder a sã cultura do ócio, desfrutar a leitura, a arte e as brincadeiras com as crianças. Agora confesso pouco, mas, em Buenos Aires, confessava muito e quando via uma mãe jovem perguntava: Quantos filhos tens? Brincas com os teus filhos? E era uma pergunta que não se esperava, mas eu dizia que brincar com as crianças é a chave, é uma cultura sã. É difícil, os pais vão trabalhar e voltam às vezes quando os filhos já dormem. É difícil, mas há que fazê-lo”.

5) O domingo é para a família
“Um outro dia, em Campobasso (Itália), fui a uma reunião entre o mundo universitário e mundo trabalhador, todos reclamavam que o domingo não era para trabalhar. O domingo é para a família”.

6) Ajudar, de forma criativa, os jovens a conseguirem um emprego digno
“Temos de ser criativos com este desafio. Se faltam oportunidades, caem na droga. E é muito elevado o índice de suicídios entre os jovens sem trabalho. Outro dia li, mas não me fio, porque não é um dado científico, que havia 75 milhões de jovens com menos 25 anos desempregados. Não basta lhes dar de comer, há que inventar cursos de um ano de canalizador, eletricista, costureiro. A dignidade de levar o pão para casa”.

7) Cuidar da natureza, amar a criação
“Há que cuidar da criação e não estamos fazendo isso. É um dos maiores desafios que temos.”

8) Esquecer-se rapidamente do negativo que afeta a vida
“A necessidade de falar mal de alguém indica uma baixa autoestima. É como dizer: sinto-me tão em baixo que, em vez de subir, rebaixo o outro. Esquecer-se rapidamente do negativo é muito mais saudável”.

9) Respeitar o pensamento dos outros
“Podemos inquietar o outro com o testemunho para que ambos progridam com essa comunicação, mas a pior coisa que se pode fazer é o proselitismo religioso, que paralisa: ‘Eu converso contigo para te convencer’. Não. Cada um dialoga sobre a sua identidade. A Igreja cresce por atração, não por proselitismo”.

10) Buscar a paz é um compromisso
“Vivemos uma época de muitas guerras. Na África, parecem guerras tribais, mas são algo mais. A guerra destrói. E o clamor pela paz é preciso ser gritado. A paz, às vezes, dá a ideia de quietude, mas nunca é quietude, é sempre uma paz ativa”.