sábado, 9 de agosto de 2014

SNF 2014 - A Espiritualidade Cristã na Família

A Espiritualidade é um componente Permanente na vida do Cristão, Seja ele um Jovem solteiro, Casado ou Consagrado ao Sacerdócio.

No quinto capítulo da “Lumen Gentium“, lemos o título:
“Vocação universal à santidade”.
Quer dizer, ser santo não é um privilégio dos monges ou de uma elite, mas é algo destinado a todo e qualquer batizado e a tantos outros que nem são cristãos. 
“Todos os que, movidos pelo Espírito de Deus, obedecem a voz do Pai e adoram a Deus Pai em espírito e verdade, cultivam nos vários gêneros de vida e ofícios uma única santidade”. (Lumen gentium, 41)

No nº 56 da “Familiaris consortio” lê-se:
“Cumprindo à energia do sacramento, a própria missão conjugal e familiar, penetrados do espírito de Cristo que impregna toda a sua vida de fé, esperança e caridade avançam sempre mais na própria perfeição e mútua santificação e cooperam assim juntos para a glória de Deus”.

Jesus falou: “sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt. 5,48) e são Paulo lembra-nos o seguinte: “esta é a vontade de Deus: Vossa santificação” (Ts. 4,3). Também escreveu que Cristo amou a Igreja como se fosse sua esposa, a fim de santificá-la. Todos os fiéis cristãos são chamados à santidade e à perfeição da caridade. A passagem de imperfeitos para perfeitos se dá sempre a partir do amor (Fl. 3,12).

Durante muitos séculos foi pensado que só os consagrados e os religiosos estivessem obrigados a seguirem e a viverem os preceitos evangélicos, mas o Evangelho é para ser vivido por todos os cristãos. Devemos testemunhar Cristo pobre, humilde, carregado com a cruz.

Os casados não imitam um estilo de santidade que funciona para os monges e religiosos. Os casados devem se ajudar mutuamente a conservar a graça no decurso de sua vida. O marido tem a responsabilidade de ajudar a sua esposa a se salvar e vice-versa. Cada cônjuge tem o direito de receber o apoio, a inspiração e a motivação necessários para alcançar a vida eterna. Assim, todos os cristãos, nas condições, ofícios ou circunstâncias de sua vida, e através desse tudo, dia a dia mais se santificarão se, com fé, tudo aceitam da mão do Pai. Os cristãos, diz o Concílio Vaticano II são convidados e obrigados a procurar a santidade e a perfeição no seu próprio estado de vida.

O amor é o que dá sentido à vida, o que dá sentido ao casamento. A maior garantia para que o amor dos cônjuges não desapareça mas ainda se torne mais profundo, mais verdadeiro através dos anos é estar o casal constantemente em busca da sintonia entre seu projeto fundamental de vida e o projeto de Deus, fonte de toda a vida para nós.
Como agente de Pastoral somos missionários. O que sustenta esse nosso trabalho missionário é a experiência de Deus, ou seja, a espiritualidade.

A oração, esse relacionamento do ser humano com o seu Deus, está profundamente inscrita no coração de cada um, na forma de um desejo da criatura de encontrar-se com seu Criador, do filho querendo comunicar-se com o Pai. O batizado, à medida que vai crescendo na Igreja, recebe o apoio da comunidade nessa busca, por meio das liturgias, dos sacramentos, dos momentos reservados para esse encontro com Deus.

Uma das dificuldades que o cristão encontra quando casa, é a insegurança que sente diante dessa nova criatura de Deus que é o casal. Ao mesmo tempo em que cada um é chamado a conservar uma profunda identidade individual, o matrimônio busca fundir numa nova personalidade, numa nova espiritualidade, num novo ser muitas características e atitudes que passam a ser dois.

Assim, além do encontro individual do marido e da mulher com Deus, a nova criatura – o “ser-casal” – também tem necessidade de comunicar-se com Ele. E isso também será levado mais tarde, quando os filhos virão complementar essa unidade de amor e vida que é a família.

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