Neste tempo litúrgico da quaresma, somos chamados à conversão pela Palavra de Deus, e para favorecer a essa conversão a Palavra nos motiva as práticas evangélicas da caridade, da oração e do jejum. Essas práticas devem ser vivenciadas no caminho da justiça cristã, ou seja, não vividas somente na carne, na exterioridade e aparência, mas no espírito e com o coração – “Rasgai vossos corações, não as roupas!” (Jl 2, 13).
Assim, faremos nossa preparação para a Páscoa do Senhor sem uma prática penitencial fingida e medíocre, pois, a qualidade da vivência da Páscoa depende de sua preparação e que seja feita na justiça, como nos ensina o próprio Senhor: “Cuidado! Não pratiqueis vossa justiça na frente dos outros só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa de vosso Pai que está nos céus” (Mt 6, 1). Isso se chama conversão. Quando da nossa prática penitencial – caridade, oração e jejum – nos esquivamos de toda exterioridade e aparência, mas com o coração sincero pratiquemos a justiça para fortalecer nossa amizade com o próprio Deus, com os irmãos e irmãs.
Aproveitemos que a quaresma é esse tempo de maior intimidade com o Senhor para rezar pela Igreja, pelo nosso querido Papa Emérito Bento XVI, agradecendo o seu trabalho e dedicação à vinha do Senhor, e também pela eleição do novo Papa; pedindo que o eleito seja um homem santo, sábio e capaz de ler e interpretar os sinais do tempo presente, dando respostas aos anseios da humanidade segundo o coração de Deus.
Pe Francinaldo Justino
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